Notícias São Braz- Recentemente, tornou pública a defesa da construção da Barragem do Monte da Ribeira. O que nos pode adiantar?
Vitor Guerreiro- Agradeço a questão, da maior atualidade. Como sabe, infelizmente estamos a viver uma grave situação de seca no nosso país, e com maior intensidade no Algarve, onde todos os concelhos já estão em seca severa. Perante esta realidade, entendemos ser da maior urgência tomar medidas concretas, entre as quais a construção de novas barragens, nomeadamente a Barragem de Alportel- Monte da Ribeira, um projeto que foi iniciado na década de 1980 e que neste momento se revela da maior necessidade, naturalmente, complementada por um conjunto e outras medidas que devem ser implementadas.
A nossa firme posição, na defesa da construção de novas barragens na região, tem por base diversos estudos científicos que nos alertam para as alterações climáticas e para a urgente intervenção, bem como o Programa de Ação para as Alterações Climáticas aprovado em agosto, pelo Governo Português, e ainda o Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas da Comunidade Intermunicipal do Algarve que aponta para a necessidade de aumentar as disponibilidades hídricas no Algarve e para a reavaliação da viabilidade de construção de novas barragens, entre as quais a Barragem de Alportel.
Esta nova barragem, a ser realidade, será um importante contributo para reforçar a capacidade de armazenamento de água, assegurando as necessidades para consumo humano e para rega agrícola, e ainda permitirá conter as cheias em Tavira. Sabemos que as chuvas são cada vez menos frequentes e mais intensas, pelo que é essencial apostar no seu aproveitamento para travar o drama da falta de água, com que nos podemos defrontar dentro de pouco tempo, colocando em causa a qualidade de vida e o bem-estar de todas as populações, e com resultados catastróficos para o turismo e, logo, para toda a economia da região.
Com este propósito, e no seguimento de um conjunto de ações que já temos realizado, aprovámos no dia 12, na reunião de câmara, por unanimidade, uma moção em que defendemos a urgente construção destas novas barragens, e com a qual vamos lutar junto do Governo e de todas as entidades competentes na matéria.
NSB - Falando de obras... Para quando o arranque da obra da Avenida da Liberdade?
V.G. - Esta obra já deveria estar a decorrer, conforma havia sido planeado, mas foi alvo de alguns atrasos, que neste momento são comuns a muitas obras, em todo o país, devido ao maior dinamismo na economia, com os setor da construção civil a ter dificuldade em dar resposta Às muitas solicitações.
Mas estamos agora muito perto do arranque da obra de requalificação da Av. Da Liberdade. Os trabalhos foram adjudicados a uma empresa da terra, Martins Gago e filhos, pelo valor de 257.000 euros acrescidos de IVA e deverão ter o seu início até ao final do ano. Dado tratar-se da principal via da nossa Vila, com enorme importância ao nível do comércio local, esta obra será executada com o máximo cuidado, de modo a reduzir os impactos negativos. Agradecemos desde já a colaboração e compreensão de todos os moradores e lojistas, para o período de execução da obra.
NSB - E quais as novidades do Terminal Rodoviário?
V.G. - Continuando com as boas notícias, a obra de construção do novo Terminal Rodoviário ”circular” está pronto a para arrancar, adjudicada ao consórcio de empresas composto por José de Sousa Barra & Filhos, Lda. e Rolear On-Soluções de Engenharia S.A., pelo valor aproximado de 500.000. A criação desta nova infraestrutura, que nascerá na zona norte da vila, junto à Circular – Av- São Brás, constitui uma grande aposta na área da mobilidade, importante para o concelho e no âmbito da região. Daremos um passo muito importante na execução do Plano Municipal de Mobilidade do concelho de São Brás de Alportel.
Aproveito também para informar que nesta área estamos somente a aguardar os últimos procedimentos para que possa estar a funcionar o primeiro posto de abastecimento elétrico para automóveis que já está instalado na Praça da República. É fundamental apostar no uso de energias alternativas para que possamos aproximar-nos do grande objetivo da neutralidade carbónica, na defesa do Futuro.