
Notícias São Brás: Têm surgido alguns relatos de maus cheiros e ruídos na Central da Algar. Pode esclarecer-nos sobre a situação? O que tem feito a Câmara para defender a população?
Vítor Guerreiro: Agradeço a questão e deixe-me dizer-lhe que este é um assunto que desde a criação da Central de Valorização Orgânica (CVO) nos merece a maior atenção. Na Câmara Municipal, procuramos acompanhar de perto o seu funcionamento, para garantir a saúde e bem-estar e qualidade de vida dos são-brasenses. Justamente com esta preocupação, foi criada a meu pedido, em 2018, a Comissão de Acompanhamento da Central, formada por elementos de todas as forças politicas representadas em Assembleia Municipal e também por pessoas que vivem na zona.
Sempre que temos algum relato de alguma situação, deslocamo-nos ao local, seja de dia ou de noite e reporto diretamente à ALGAR. Sempre fui firme nesta convicção em todas as situações anteriores e posso dizer que já foram realizados pela empresa avultados investimentos, em resultado deste acompanhamento, para melhorar as condições e funcionamento e garantir a não existência de cheiros ou ruídos.
Face a alguns relatos mais recentes, voltei a realizar todas as ações ao nosso alcance e estou confiante que serão resolvidas as causas que poderão estar neste momento a originar algum incómodo aos residentes desta zona. Exigi de imediato uma reunião extraordinária à administração da ALGAR, para expor a nossa preocupação e apurar junto dos responsáveis quais as medidas a executar com vista à resolução urgente do problema. A reunião realizou-se no dia 22 de setembro, tendo sido, a meu pedido, convidados também os representantes das diferentes forças políticas para um acompanhamento claro e inequívoco desta nova situação. Segundo conseguimos apurar a situação ocorre de forma irregular, sendo necessária a identificação da origem para se proceder à sua resolução efetiva. Neste sentido, ficou acordado na referida reunião, que caso se volte a verificar algum odor incomodativo e/ou ruído haveria de imediato uma deslocação ao local para se puder identificar e localizar com precisão a origem do problema. Devo dizer também que a administração da ALGAR manifestou ainda total abertura, quer na colaboração com a autarquia e com os moradores, quer na realização de novos investimentos que garantir a coexistência pacifica e de qualidade com a população circundante.
Estou e estarei sempre totalmente ao lado da população, dos seus interesses e qualidade de vida. Disso podem estar certos! É este o objetivo principal das funções que desempenho. Continuo atento e a acompanhar de perto esta situação e espero contar com os são-brasenses, residentes nos sítios limítrofes para me alertar para qualquer inconformidade que detetem. Já sabem que podem contar comigo para juntos conseguirmos ultrapassar estes ou outros constrangimentos que possam vir a surgir.
NSB: Tem chegado preocupações de alguns munícipes relativamente à falta de médios de família no Centro de Saúde. O que nos pode dizer sobre isso?
VG: Posso dizer-lhe, desde já, que a Saúde dos nossos munícipes é uma preocupação constante que temos e por isso agradeço muito a sua questão e o seu alerta.
Sabemos que o Serviço Nacional de Saúde está a atravessar um período difícil, preocupa-nos muito a situação dos nossos munícipes e nesse sentido muito nos esforçamos diariamente, esgotando a nossa área de ação e fazendo sempre tudo o que está ao nosso alcance, para lutar pelo bem-estar da nossa população, lutando por mais e melhores cuidados de saúde e neste caso em particular, por mais e melhores recursos no nosso Centro de Saúde. Tenho realizado inúmeras diligências e estou cá para continuar a dar voz à nossa comunidade.
Devo dizer que a Câmara Municipal não tem competências diretamente nesta área da colocação do pessoal médico e restantes profissionais de saúde, estamos a preparar-nos para receber algumas competências na área da saúde nos próximos meses, mas ao nível dos equipamentos, logística e pessoal auxiliar do nosso centro de saúde. Já neste âmbito, estamos a realizar uma candidatura, em parceria com as autoridades de saúde regionais, para realizar algumas melhorias no Centro de Saúde e defendemos disponibilizando apoio do município, a criação de um novo Centro de Saúde e de uma Unidade de Cuidados Continuados, estrutura essencial para a saúde e qualidade de vida da nossa população.
NSB: Temos duas obras a decorrer na Avenida. Pode avançar-nos o ponto de situação?
VG: Neste momento, já está em fase de conclusão a 2.ª fase da beneficiação do troço central, que veio permitir tornar totalmente acessível toda a nossa Av. Da Liberdade e também está a entrar finalmente na sua reta final a obra de beneficiação do troço mais a norte e subida da Passinha até Almargens. Passo a passo, vamos avançando nesta estratégia global de renovação urbana, fundamental para a dinâmica económica e qualidade de vida das populações, com uma aposta muito forte na eficiência no abastecimento de água e na acessibilização para que não haja quaisquer barreiras a quem tem algumas limitações na sua mobilidade.
Também já e encontra aprovado o próximo grande projeto desta estratégia que visa a requalificação do centro urbano, nomeadamente as ruas Boaventura Passos, António Rosa Brito, 25 de Abril e ruas adjacentes em torno do Mercado Municipal. Um projeto fundamental para requalificar esta zona residencial que é central na dinâmica comercial da nossa vila.
NSB: E como estamos de pinturas de passadeiras?
VG: Uma vez mais, e como tem vindo a ser a nossa estratégia, realizámos a empreitada de pintura de passadeiras no final do Verão e antes das primeiras chuvas, quando este trabalho se torna mais eficaz, pois as elevadas temperaturas de verão levam à acumulação de borracha dos pneus na estrada, pelo que devemos sempre aguardar pelo final do Verão. Temos também especial cuidado ao início do ano letivo, para que as passadeiras em torno das escolas estejam o melhor possível nesta altura.